Rapidinhas do Hospital da Criança

Os besteirologistas do Hospital da Criança, em São Paulo, mandam algumas rapidinhas de final de ano:

“Paramos no corredor diante de um menino de uns oito anos, todo penteado, cabelo com mechas loiras e muito gel.

Ô, você aí! – disse o Dr. Pistolinha.

O menino parou e ficou olhando para os palhaços com um olhar incrível de reprovação, muito sério. Era um perfeito “palhaço branco” (aquele que dá as ordens e critica os mais tolos), com um tempo cômico de mestre.

Você tem lâmpadas! – continuou Pistolinha.

Que lâmpadas?… Eu tenho piolho! - bradou o menino.

Nós nos desmanchamos de rir com o garoto, ficamos sem resposta. Temos muito o que aprender com esses meninos!”
“O Dr. Pistolinha não sabia nadar e uma menina de uns sete anos ficou indignada.

É só mexer o pé! – explicou a garotinha.
Mas e a mão, não mexe? – perguntou o besteirologista.
Só quando tá respirando!

Claro, uma lógica maravilhosa!”
“A Dra. Lola e o Dr. Pistolinha entraram no quarto de um menino que jogava, muito concentrado, seu joguinho eletrônico. Nem olhou para os palhaços.

A mãe tentou fazê-lo interagir, mas ele nem pisca. Os dois começaram a tentar adivinhar que jogo era.

Shrek! Ben 10! Pac Man! - foram mil e uma tentativas até que a mãe cochichou que jogo era.
Se a gente adivinhar você dá um presente? - perguntamos.

E o menino, finalmente respondendo:  Dou.

Toy Story! – gritou o Dr. Pistolinha.
Adivinhou!
E o presente?

O menino pensou, pensou e depois de um tempo respondeu:
Você pode jogar um pouquinho!

As crianças são sempre muito generosas!”

Dra. Pororoca (Layla Roiz)
Dr. D.Pendy (Dagoberto Feliz)
Dra. Lola Brígida (Luciana Viacava)
Hospital da Criança (Hospital Nossa Senhora de Lourdes) 

Fonte: Doutores da Alegria.

A inspiração brasileira se tratando de Doutores Palhaços em Hospitais!

Em 1986, Michael Christensen, um palhaço americano, diretor do Big Apple Circus de Nova Iorque, apresentava-se numa comemoração num hospital daquela cidade, quando pediu para visitar as crianças internadas que não puderam participar do evento. Improvisando, substituiu as imagens da internação por outras alegres e engraçadas. Essa foi a semente da Clown Care Unit™, grupo de artistas especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Nova Iorque.


Em 1988 Wellington Nogueira passou a integrar a trupe americana. Voltando ao Brasil, em 1991, resolveu tentar aqui um projeto parecido, enquanto ex-colegas faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren). Os preparativos deram um trabalho danado, mas valeu: em setembro daquele ano, numa luminosa iniciativa do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início nosso programa.

Informações técnicas:
Nossa missão é ser uma organização proeminentemente dedicada a levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiência humana.

Somos uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que realiza cerca de 75 mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte.

Indicações:
Traumas ligados à hospitalização infantil: perda de controle sobre o corpo e a vida; atitudes negativas em relação às doenças e à recuperação.

Contra-indicações:
Não há.

Posologia:
A besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda.

Clowns



Direção: Rafael Cerdeira
Assistente de Direção: Raphael Klabin
Fotografia: Tiago Pinheiro
Assistente de Fotografia: Raphael Klabin
Montagem: Juliano Castro e Otávio Suriani
Musica: Alexandre Leite
Direção de Atores: Marcelo Colavitto

Atores:
Alexandre Muniz
Bruna Walleska
Marcelo Colavitto
Elisangela Garcia
Eduardo Calles
Andréa Giannini
Luciana Bellone
Luiz Beltrame

Irmãs da Gravidade!

Esta apresentação teatral é maravilhosa. As duas atrizes conseguiram representar muito bem e mostraram ser capazes de brincar com a gravidade!

O Picadeiro Feminino

No mundo do showbiz alternativo, as mulheres ganham destaque e provam que é possível viver de arte.

Joana deixa a plateia boquiaberta quando se apresenta pendurada pelos cabelos e, sorridente, faz acrobacias no ar. Mariana seduz com sua dança burlesca sobre um sofá e na pele de uma francesa de pileque, chamada Ninon, embalada ao som de Edith Piaf. Gabriella arranca gargalhadas como a palhaça Du'Porto, que retrata os inconstantes humores femininos, que vêm à tona durante a TPM. Cinthia parece voar sobre o trapézio, com graça e leveza.


Essas são algumas das mulheres que se transformaram em artistas circenses, mas que romperam os limites dos tradicionais picadeiros para dar o ar da graça em eventos, baladas, festas e até nos cabarés - tradicionais na Europa e incipientes no roteiro de atrações de São Paulo. O mais badalado é o Trixmix Cabaret, que virou programa na noite das primeiras quintas-feiras do mês e ajuda a valorizar o trabalho de muitas artistas talentosas.
A mentora do projeto é Raquel Rosmaninho, de 34 anos, que, junto com seu marido, o também artista de circo Emiliano Pedro, trouxe para o Brasil o formato do cabaré. Depois de uma longa temporada em Londres, onde os dois estudaram técnicas de acrobacia e malabarismo no conceituado The Circus Space, eles passaram a considerar essa proposta de espetáculo. "Faltava algo assim no Brasil: um espaço não convencional que reunisse uma variedade de números e os muitos talentos do País", diz Raquel.
Quem vê essas mulheres no palco não deixa de se espantar com a coragem delas de trilhar por um caminho nem um pouco convencional. "Nunca me imaginei vivendo do circo", confessa Joana Piza, de 31 anos, que tem duas filhas - Maria, de 4, e Anaí, de 7 - e é casada com o também artista circense Evens. "Hoje ajudo a sustentar minha família, graças a essas apresentações." Com diploma em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a atriz se apaixonou pelo picadeiro ainda na faculdade, quando fazia uma pesquisa sobre a linguagem do circo.
Foi quando Joana conheceu o número chamado "força capilar". Fascinada, decidiu aprender a técnica. Descobriu que o segredo para se pendurar pelos cabelos sem arrancar o couro cabeludo é a "amarração": por meio de uma trança especial, forte e centralizada na cabeça, que recebe um gancho e, pronto, lá ela vai para o ar. Até pegar o jeito, a atriz e acrobata sofreu um bocado. "Quando consegui sair do chão pela primeira vez, até chorei de emoção", lembra. Desde fevereiro de 2009, quando estreou com esse número, não tem lhe faltado convites.
Dança Circense

Não significa, porém, que viver dessa arte seja fácil. A carioca Mariana Duarte, de 37 anos, engrossa o orçamento com aulas de dança. Afinal, como outras profissionais, tem currículo admirável e passa longe daquela imagem de artista mambembe, que faz tudo no improviso e sem base técnica. Formada pela Faculdade de Dança Contemporânea Angel Vianna, no Rio de Janeiro, a bailarina veio para São Paulo com o objetivo de se especializar em vários cursos de dança e, paralelamente, acabou tirando diploma em Letras Clássicas na USP. Até que caiu de paraquedas numa escola circo.

"Uma amiga pediu que a acompanhasse, e acabei me matriculando nas aulas", conta a artista, que atualmente integra o elenco da companhia Circo Mínimo. E se apaixonou pelas acrobacias aéreas, o que inclui trapézio, lira (círculo de ferro) e tecido. Mariana passou, então, a se apresentar em festas, casamentos, boates. Ao juntar técnicas de dança e circo, criou números burlescos, nos quais encarna personagens femininas marcantes, que abusam da sensualidade, mas sem vulgaridade nem apelo sexual.
Outra que se beneficiou das técnicas circenses foi a bailarina Cinthia Beranek, de 34 anos. Como Mariana, uma amiga a levou para as aulas de picadeiro e ela nunca mais largou. "Circo é como um vírus que toma conta do corpo e nunca mais vai embora", justifica.
Mas nem por isso abandonou a dança, já que fez sua história como bailarina da companhia Cisne Negro, atuou em espetáculos do Cirque du Soleil, no Canadá, inclusive como coreógrafa, e até hoje apresenta-se com a trupe do Acrobático Fratelli. Ah, ela teve a honra de ser selecionada para ter aulas, durante uma semana, com Pina Bausch, a famosa coreógrafa alemã que faleceu no ano passado.
"Por mais que eu goste, a dança é mais restrita do que o circo", avalia Cinthia, que, após oito anos entre Canadá e Europa, retornou ao Brasil há seis meses. "Por serem mais impactantes do que um solo de dança, as técnicas circenses despertam maior interesse do público e, portanto,abrem mais oportunidades de trabalho."
Ao unir as duas linguagens - que é tendência mundial -, sua carreira deslanchou. E o dinheiro passou a vir com mais facilidade, depois de ter amargado temporadas sem um tostão no bolso, o que a obrigou a trabalhar como recepcionista da academia de um hotel, atrás de uma renda fixa.
"Essa época foi um pesadelo porque não tinha nada a ver comigo", lembra a bailarina, que é formada em Letras pela Fundação Santo André. Até que uma amiga a resgatou desse trabalho, convidando-a para fazer parte da sua companhia de dança. Hoje, Cinthia se apresenta em espetáculos, dá cursos e faz muitos eventos corporativos.
Novo Status
O ingresso maciço de mulheres nas artes circenses está transformando essa profissão. Na história do circo, mulher tinha papel coadjuvante. Era quem desfilava sua beleza e sensualidade para segurar a capa do domador, do mágico e por aí vai. Se não estivesse no posto de objeto de desejo, era a aberração, protagonizando o show de horrores, destaca a atriz Gabriella Argento, de 34 anos, que hoje sobe ao palco para encarnar a divertida palhaça Du'Porto.

"Mas o Brasil é afortunado", ressalta. "Por não ficar tão preso à tradição do circo e estar mais aberto a experimentações se vê hoje, por exemplo, cada vez mais mulheres fazendo cursos de palhaço." Décadas atrás, isso era inimaginável. Formada em teatro, Gabriella engatou na "palhaçada" porque precisava de trabalhos esporádicos para reforçar sua renda. Até desenvolver sua personagem, a espevitada Du'Porto, investiu em cursos. Estudou com feras como a diretora de teatro Cristiane Paoli Quito, também professora da USP, e Leris Colombaioni, representante da tradição italiana do palhaço.
Com anos de estrada, foi selecionada para atuar no mega-espetáculo Ka, produzido pelo Cirque du Soleil, que está em cartaz até hoje em Los Angeles. Durante os dois anos em que participou, orgulha-se de ter sido elogiada por nada menos do que Liza Minnelli. Após o espetáculo, a cantora e atriz foi cumprimentar o elenco e disse para a palhaça: "Esse palco engole os artistas, mas ninguém engole você." Nem por isso, a brasileira saiu cantando de galo. "Precisamos ter pé no chão, porque um dia estamos comendo caviar e, em outro, sem dinheiro no bolso", avisa.
Como prova desses altos e baixos, Gabriella largou o Cirque du Soleil, com salário fixo, viagens e muita mordomia, voltou para o Brasil e foi parar num circo pequeno de Bauru, interior paulista. Foi uma mudança e tanto de vida. Mas agora ela comemora os bons tempos. Atualmente, dá aulas de palhaço na companhia Jogando no Quintal, faz workshops em empresas e se apresenta Brasil afora.
Fonte: Circonteudo

Hospital público

Clowns e Palhaços

A grosso modo, eu penso que a diferença entre "clown" e "palhaço" é que os Clowns possuem um humor mais sutil, os movimentos são livres mas de certo modo suaves e delicados baseados na pantomima (que é diferente de mímica para quem não sabe), usam vestimentas mais comuns com pequenos toques extravagantes.

O humor do palhaço é mais pastelão e brincalhão, costuma ser mais divertido e extravagante, esbanja alegria (mesmo que sem querer), usa roupas bastante largas ou apertadas que valorizam os aspectos engraçados de seu corpo.

Em questão de sutileza eles não são muito bons e é isso o que os torna tão dignos de atenção. Eles são desastrados.

Não confundir com Branco e Augusto. Existem Clowns Brancos e Augustos e existem também palhaços Brancos e Augustos. São subcategorias de cada "espécie".

Não há nada de certo ou errado em nenhum dos dois. Não é mais certo ser clown ou mais certo ser palhaço. A escolha varia de acordo com o temperamento de cada pessoa. Há quem prefira o clown e há quem prefira o palhaço, questão apenas de opinião, mas é preciso saber que há uma diferença entre os dois.

Na questão da nomenclatura há outro problema. O termo PALHAÇO é muito estigmatizado e as pessoas não dão valor a arte por possuírem um preconceito formado. A palavra PALHAÇO é usada até como forma de ofensa, então essa palavra acaba tornando-se inadequada e pedindo que seja criada uma nova nomenclatura.

Na questão do Clown, o problema é o nome americanizado. Não que isso seja um grande problema, mas existem outros termos portugueses que poderiam ser mais interessantes já que pode-se criar uma arte completamente idependente do que vemos no exterior, portanto, o nome americanizado seria inapropriado.

Para quem ainda não entende. O clown está mais para Charles Chaplin. O palhaço está mais para três patetas. Existem diversos gêneros de palhaço e essa é uma arte bem mais profunda do que imaginamos que seja. Os palhaços circenses, os palhaços de rua, os palhaços de palco, etc, são todos palhaços, mas ser palhaço é muito mais do que pintar a cara e fazer palhaçada.

O curioso é que quanto mais um palhaço "TENTA" ser engraçado, mais sem graça ele é. O palhaço realmente divertido de se olhar é aquele que age verdadeiramente, espontaneamente. Ele não busca ser algo, ele já é. Ser palhaço exige um esforço muito grande de autoconhecimento, de auto-aceitação e de expressão corporal.

Está quase ligado a espiritualidade do indivíduo pois ele não pode simplesmente agir, ele precisa saborear cada movimento, cada gesto precisa ser "friamente calculado".

Você me fala de máscaras... - Com uma máscara é fácil ser engraçado! - Eu rebato seu argumento com a velha frase "Clown, a máscara que mais revela" . É paradoxal, mas para ser um verdadeiro palhaço é preciso, antes de tudo, despir-se de todas as nossas MÁSCARAS e armaduras sociais. Somente quando estamos limpos podemos ser suficientemente verdadeiros ser um palhaço.

No fundo todos somos palhaços.

Fonte: Overmundo

Diário de um doutor.

Hospital Evangélico, 12 de maio de 2011.

Nervosismo, ansiedade, frio na barriga. Parecia que era a primeira visita ao hospital. Depois de alguns meses sem ir, meu coração palpitava nervoso e eu não conseguia parar de pensar “Como será que vai ser? Será que terão muitas crianças? O que eu vou fazer para alegrá-las?” Dessa vez fomos em dupla: eu e a Rebekka, residente em segunda visita ao hospital. Fizemos nossa oração e fomos à pediatria. Ver o sorriso estampado no rostinho de cada criança logo encheu meu coração de tranquilidade e alegria.


Uma das coisas que mais chamou a minha atenção foi o que aconteceu no primeiro quarto que entramos. A mãe de uma das crianças, quando nos viu disse “ Olha lá filho, a gente acabou de falar delas ! Você estava esperando elas chegarem e agora estão aqui!” A alegria dele era imensa e daquela mãe também. Senti um certo alívio no olhar dela ao nos ver e a felicidade de perceber que o filho por alguns momentos pôde esquecer da situação em que se encontrava e se divertiu com a gente. Conhecemos a Rillary, Stefani, Karen, Eduarda, o Gabriel, Cristian, Caio,Weslei, Kaue, Juninho…foram várias crianças!

Ver a Rebekka na sua primeira visita como palhaça foi surpreendente. Essa é a palavra que descreve o começo da futura Doutora Beti Confeti! Gostei muito de conhecer uma menina que assim como nós tem o compromisso de levar o amor de Deus aquelas crianças.
Quando saí do hospital fiquei pensando na reação daquele primeiro menino que visitamos. “E se a gente não tivesse vindo hoje?” Ele e a sua mãe disseram com tanta certeza que estavam nos esperando que eu imagino que o seu dia não terminaria o mesmo se não tivéssemos ido. Nem o dele, nem o meu. Meu coração se enche a cada sorriso, a cada olhar inocente de criança e eu não posso deixar de liberar tudo aquilo que Deus colocou aqui dentro.

Rios de água viva vão jorrar do coração de quem crê em mim. (João 7:38)


“ Desde o momento em que você recebeu a fé em Jesus, você também recebeu essa água refrescante e vivificadora. A questão é: o que é que você vai fazer com essa água da vida? Jesus diz que ela jorra de dentro de você e não somente pra você!
Você já esteve viajando em um dia escaldante de verão, e, quando você olhou pra estrada adiante parecia que havia água sobre ela lá na frente? Isso é chamado de miragem e acontece o tempo todo no deserto. Todos já vimos isso na TV – uma pessoa que precisava de água, rastejando pelo deserto à procura de água. A esperança vai embora quando ela percebe que o que ela pensou ser um oásis era, na verdade, uma miragem. Nada!
Esta é a questão: Você vai ser uma miragem ou um oásis de vida? Você tem a água da vida que este mundo está procurando. Libere hoje essa água!”

Dra. Chiquenita (Bruna Dea)

Diário de um doutor.

  Semana passada fomos ao hospital pela primeira vez no ano.Deu aquele super frio na barriga,o nervosismo de ir e não saber o que fazer,uma alegria sem explicação de ser Bruneca novamente!

  Foi também a primeira vez da Rebekka,nossa nova residente,que só pra constar,se saiu muito bem.

  Visitamos cinco crianças lindas na pediatria,o Lucas de onze anos,o Nicolas de cinco anos,a Camila de treze, o Alan com doze anos e a Stephany ,internada desde janeiro,com Lúpus,uma doença rara,provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico,exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus,bactérias ou outros agentes.No Lúpus,a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele,articulações,fígado,coração,pulmão,rins e cérebro .

  Ela foi a criança que passamos a maior parte do tempo e que me chamou bastante atenção.Tem apenas 10 anos e estava muito séria quando entramos no quarto,devido as dores que sentia quando se movimentava.Disse que não podia brincar,desenhar,nem mesmo se mexer direito.

  Stephany tinha alguns livros em seu quarto,pegamos um da Branca de Neve,contamos e encenamos a história,foi ai que ela deu um sorriso,um lindo e verdadeiro sorriso.Conversamos mais um tempo com ela mas já estava ficando tarde,então passamos rapidinho pela ala da pediatria de queimados.Crianças de no máximo três ou quatro anos,que no primeiro momento choraram quando nos viram,mas depois das incríveis bolhas de sabão,o choro sumiu e sorrisos surgiram.

  Saimos do hospital com o sentimento de trabalho cumprido,felizes e prontas pra outra visita.


“O sorriso de uma criança é esperança de dias melhores, de problemas resolvidos.
                                                    (Antonio Marcos Pires - Editora Santuário- SP)


  Foi maravilhoso voltar,sentir outra vez o frio na barriga.


Dra. Bruneca

O Palhaço


  “O palhaço é um ser ridículo, o ser que ninguém quer ser, muitos o apreciam com a finalidade de rir somente, e para isso ele está ali! Pouquíssimos olham com admiração e dizem "Também quero ser palhaço", e os que fazem isso estudam técnicas milenares dos palhaços, como cair, dar cambalhotas, chutes na bunda, e muitas outras que são piadas visuais utilizadas por palhaços e cômicos durante séculos.
  Os palhaços são personagens importantes que alguns atores ou simpatizantes assumem para alegrar esse mundo caótico e por muitas vezes, chato, onde um quer ser melhor que o outro, mostrando-se poderoso, imponente e bem vestido.
  O palhaço deixa de existir quando o ator o descaracteriza, tirando a roupa e a mascara.

  Sim, até parece fácil sob uma olhada ligeira, mas quem realmente vive ou diz o que sente? Extrair isso de si é dolorido e gratificante, pois, a desmontagem nos dá a possibilidade de remontar as peças de uma maneira que sejamos mais felizes com o nosso "eu interior". 


  O curioso é que quanto mais um palhaço "TENTA" ser engraçado, mais sem graça ele é. O palhaço realmente divertido de se olhar é aquele que age verdadeiramente, espontaneamente. Ele não busca ser algo, ele já é.

  Ser palhaço exige um esforço muito grande de autoconhecimento, de auto-aceitação e de expressão corporal. Está quase ligado a espiritualidade do indivíduo, pois ele não pode simplesmente agir, ele precisa saborear cada movimento, cada gesto precisa ser "friamente calculado".


- Você me fala de máscaras...
- Com uma máscara é fácil ser engraçado!
- Eu rebato seu argumento com a velha frase "Clown, a máscara que mais revela".
É paradoxal, mas para ser um verdadeiro palhaço é preciso, antes de tudo, despir-se de todas as nossas MÁSCARAS e armaduras sociais. Somente quando estamos limpos podemos ser suficientemente verdadeiros ser um palhaço.
No fundo todos somos palhaços. Só que a maioria de nós não assume.”
Nadine 

Quatro longos meses...

  Dezembro,Janeiro,Fevereiro,Março e finalmente Abril...
Quanto tempo sem ir ao hospital fazer visitas,sem encontrar as crianças mais amadas...a Bruneca já estava enlouquecendo com isso,mas agora ela está mais calma e feliz,pois VOLTAMOS A ATIVA DEFINITIVAMENTE!

  Nesse tempo cheguei a pensar em desistir,sair dos Doutores.Eu  até “sai” por uns 4 dias e já voltei,não consigo ficar longe.É uma experiência tão gratificante,nos sentimos tão bem quando estamos levando alegria àquelas crianças, que depois que entrei,sinto que vai ser impossível sair!

  Esses dias voltei a ser Bruneca por alguns minutos,como foi bom,reacendeu todo o amor,todo o carinho que eu tenho por ela e pelos pacientinhos.Aquela vontade de fazer teatro,malabares,contar histórias,dançar e cantar estavam quase explodindo dentro de mim,mas eu resolvi guardar toda essa vontade dentro de uma caixinha e só abrir quando chegar a hora.Ver o choro e a carinha triste, se transformar em sorrisos,pulos,bolhas de sabão e gritos de alegria.

  Em quatro meses,muitas pessoas conheceram o nosso ministério e,assim como nós, também desejam levar o amor do Pai,levar a palavra de Deus e vida a todas essas crianças.

  Quer fazer parte deste grupo de palhaços voluntários que estão neste mundo preto e branco pra andar na contra mão e colorir cada vez mais a vida das pessoas?
  Entre em contato conosco pelo e-mail (doutoresdavida@hotmail.com)
  Adoraríamos ter você na nossa equipe.

  Deus abençoe!


Bruna Pruner (Dra. Bruneca)

Você crê em Cristo?

  “A Igreja chinesa é uma das que crescem mais rapidamente no mundo. Hoje, aproximadamente 80 milhões de protestantes e católicos formam a Igreja deste país de 1,3 bilhões de habitantes. Enquanto não há dados quanto ao crescimento das igrejas não-registradas, o número de congregações de igrejas protestantes registradas aumenta entre 500 a 600 mil a cada ano.
  A vida da Igreja é marcada por um paradoxo: embora seja rica, vibrante, permeada de renovação e cresça em ritmo acelerado, ao mesmo tempo é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento. Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses ainda esperam por sua primeira Bíblia e, sem a posse de sua própria cópia das Escrituras, muitos são presas fáceis de heresias e falsos ensinamentos. Não falta entusiasmo aos evangelistas, mas a maioria é mal treinada e pouco equipada. Além disso, há conflitos entre os líderes cristãos. Acredita-se que atualmente a pior tentação enfrentada pela Igreja chinesa seja o materialismo, particularmente dentro do contexto da explosão econômica do país.
  O objetivo principal do governo é manter a estabilidade e o poder. O registro das igrejas é obrigatório e a evangelização é proibida fora das comunidades registradas. A evangelização de jovens com menos de 18 anos de idade não é permitida e pastores podem ser presos e sentenciados a campos de trabalhos forçados. As igrejas não-registradas recebem ataques esporádicos do governo. A perseguição depende principalmente do grau de perigo que o governo enxerga em cada grupo religioso. A perseguição ao cristianismo abrange desde multas e confisco de Bíblias até destruição de templos. Evangelistas são detidos, interrogados, aprisionados e torturados. Além da perseguição governamental, as tentativas de evangelizar muçulmanos no extremo noroeste do território chinês têm enfrentado resistência e alguns ataques.
  As leis religiosas que entraram em vigor em 1º de março de 2005 aumentaram a pressão sobre grupos não-registrados, exigindo que se legalizassem ou se preparassem para sofrer as consequências. Além disso, em vez de facilitar o registro, novas emendas dificultaram o processo.
  Mais da metade dos chineses dizem não ter religião. Da outra metade, 32,2% professam crenças populares e 8,4% o budismo. Os cristãos são estimados em 11% aproximadamente, o islamismo abrange 1,5%.”


  Tristeza. É a primeira palavra que passa pela minha cabeça se fosse para definir a situação desses cristãos. E lendo todas essas informações, me colocando no lugar deles, eu percebo o quanto somos ingratos e muitas vezes não damos valos às oportunidades que temos de adorar à Deus. A Bíblia é um dos exemplos gritantes: enquanto nós temos a palavra de Deus sempre ao nosso alcance, milhares de pessoas esperam por sua primeira Bíblia. Não percebemos que o fato de ter pelo menos uma folha dela é o sonho de muitos chineses. Eles crêem mesmo não tendo ela em mãos, enquanto outros não crêem mesmo com ela todos os dias ali na cabeceira, na estante, num baú empoeirado ou até mesmo debaixo do braço.


“Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram.” João 20:29

O que você está esperando? Adore, exalte, glorifique à Ele e agradeça todos os dias por ter oportunidade de estar na sua presença! Você é LIVRE.




E não esqueça de incluir nossos irmãos que sofrem com essa perseguição em suas orações! Assim como eles, lembre-se a cada dia que o melhor de Deus ainda está por vir.


“ O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam.” I Coríntios 2:9

Bruna Dea (Dra.Chiquenita)

Ao lado do Pai

‘’ ... A sublime sensação de estar sempre ao lado do pai tem sido a trajetória da minha existência desde então, passei por lutas e tribulações... Mas a presença do Senhor Jesus Cristo comigo ajuda-me dia após dia, encoraja-me a prosseguir sem olhar atrás.’’



É com grande alegria e satisfação que venho apresentar este livro fascinante. ‘’ Ao lado do Pai – Wilson Lançoni ‘’ é a biografia sobre a vida da já falecida, Pastora Odá Castro, líder da 3ª igreja do evangelho quadrangular. É a vida de uma mulher que rompe as barreiras do preconceito porque deseja fazer diferença como cristã. Registrando também a trajetória desta serva de Deus e de seus familiares, entretanto, o principal intuito desta obra é oferecer um exemplo desafiador daquilo que uma pessoa pode realizar quando se entrega totalmente a Deus.

 Foi uma experiência incrível ter lido este livro, Pastora Odá é um retrato fiel de um verdadeiro servo de Deus, suas obras testemunham a sua fé, esperança e amor no seu Criador.

E assim, como esta grande mulher, nós dos Doutores da Vida, temos como objetivo e meta fazer a diferença neste mundo. Cada um escolhido á dedo por Deus para levar alegria e vida aqueles que precisam.

Quem puder ler este livro leia, é palavra de Doutora que vale muito a pena, tenho certeza que ao fim da leitura você será abençoado, assim como eu fui.



Até a próxima, fiquem com Deus.


Juliana Reis (Dra. Jujuba)

...mais uma vez, tudo de novo!

  Já ficou muito tempo sem fazer alguma coisa que você gosta de fazer?

 Com o tempo, não começa a dar uma vontade absurda de realizar o tão esperado desejo ?
Assim que me sinto!

  Depois de meses sem ir ao hospital, já não consigo mais segurar a vontade de deixar a EspOleta que há dentro de mim, sair e ir direto ver as crianças mais lindas do mundo!

Se isso não acontecer logo, não me responsabilizo se acordar um dia e decidir vestir as roupas da EspOleta..
  Em fim, a saudade é enorme, e a vontade de fazer aquilo que amo é incontrolável. Por  estar nesse estado, e sei que não sou a única, voltamos a ativa com  nossas atividades!  

  Queridos doutores e doutoras, bem vindos a mais um ano de muitas risadas, novas histórias, experiências com Deus, pacientes marcantes, crescimento, mudanças, sonhos e mais sonhos. Sintam-se em casa,  afinal é você que faz tudo isso acontecer. É  sempre um prazer servir a Deus ao lado de cada um . Pra vocês deixo a primeira receita do ano: Um coração alegre (:

“O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos.” (Provérbios 17:22)


  E claro, não poderia deixa você de fora do nosso primeiro post. Seu coração bateu mais forte e deu  uma vontade incontrolável de ir correndo para o hospital, levar um sorriso para quem esta lá? Quer se juntar a nós e ser um coração alegre, também?  Convido você, a ter essa vontade  conosco. De ser um doutor(a) da vida, se apaixonar por tudo isso e nunca mais conseguir ficar longe do seu nariz de palhaço. 

Quer conhecer mais sobre nosso grupo?  Fale conosco, mande um email para doutoresdavida@hotmail.com


Bom, fico por aqui, preciso tirar a poeira no meu nariz vermelho.

Nane ( EspOleta)

Você tem medo de dizer "Eu te amo" ?

  Olá pessoas bonitas e cheirosas como flor de laranjeira!
  
  Muitas vezes nos sentimos desconfortáveis em falar o quanto amamos alguém por não saber ao certo a reação da outra pessoa ou até mesmo por não saber se a outra pessoa sente o mesmo por você.Temos que seguir sempre os ensinamentos de Deus,amar uns aos outros como a si mesmo e como Ele nos amou dando o seu filho para morrer por nós,e como Ele ainda nos ama mesmo quando fazemos algo errado. Deus nos ensina também que devemos amar não só aos amigos, como também nossos inimigos.O amor é a primeira lei que Ele criou,então deixe as mágoas de lado,saiba perdoar e aprenda a amar.

  Com as visitas aos hospitais,aprendemos a amar as pessoas sem mesmo conhecê-las direito,ajudando aquelas crianças a passar pelo momento difícil,que é estar em um hospital sem ter o conforto da sua casa e as vezes sem os pais ou alguém conhecido por perto o tempo todo.

  Hoje estou postando este vídeo para te mostrar que não precisa ter medo de amar e nem de dizer que ama alguém,pois a outra pessoa também pode sentir o mesmo e estar com  medo como você,então seja sempre sincero em seus relacionamentos,mostre seus verdadeiros sentimentos.





Diga o que sente pelas pessoas que estão em sua volta,tanto aos amigos quanto aos inimigos!







Dra. Bruneca

Diário de um doutor.


   Faz dois meses que estamos de 'férias', e não há um dia que eu não sinta falta e não lembre dos doutores. Saudades de encontrar as meninas nas quintas-feiras para virarmos doutoras, das fotos tiradas.. Até mesmo das orações com o grupo, pedindo a Deus o dom de levarmos um pouco de paz e alegria a essas crianças. 
   Estou muito empolgada pra voltar, pois sei que há doutores novos e estou muito ansiosa para conhece-los e exercer nosso trabalho juntos. Enquanto isso, fico na espera do tão esperado e-mail da doutora chefe, marcando a data da volta dos Doutores da Vida.

Nadine Nunes. (Residente) 

Diário de um doutor.

Hospital Evangélico, quinta-feira, 2 de dezembro de 2010.

Dia chuvoso. Sabe daqueles em que dá vontade de assistir seus filmes favoritos comendo pipoca e debaixo das cobertas? Mas nosso destino era outro: mais um dia levando vida para as crianças internadas no Hospital Evangélico.

 Eu e a Dra.Pulguinha fomos à visita com 4 novos residentes que já improvisaram seus nomes: Soneca, Kinder Ovo ,Zangado e Bolinho de Arroz (hahaha).Logo na chegada senti a empolgação da nossa equipe, o que deixou muito alegre pois algo tão novo na vida deles tinha se tornado especial em questão de segundos. 

Brincamos com várias crianças. O João, o Lucas, o Robert, a Stéfani, cada um ganhou um lugar na minha memória e me mostrou o quanto o sorriso deles se tornou o combustível da minha vida. A Stéfani, em especial, nos surpreendeu com o seu abraço que com certeza marcou nosso dia. Foi um dos abraços que me fez sentir um nó na garganta e a presença de Deus se revelando bem ali, em nosso meio. 

Mas estava chegando a hora de ir embora. Ninguém queria ir. Aquelas crianças nos envolveram tanto que ir embora estava difícil. Oro para que elas sintam o amor e a alegria de Deus em seus coraçõezinhos todos os dias independente das circunstâncias.

Quando cheguei em casa percebi que nada se compara ao que eu sinto quando estou com elas. Nem pipoca, brigadeiro, filme, cobertor, nada! Não foi à toa que Ele me resgatou, foi pra isso que Ele me chamou.

Deus me usa para abençoar as crianças e eu saio de lá cada vez mais abençoada por elas.

Dra.Chiquenita